Fluminense é superado de virada pelo Sesi Bauru e se despede da Liga Nacional no Maracanãzinho lotado

Na noite da última quinta-feira (10), mesmo com um Maracanãzinho pulsante, o Fluminense foi superado de virada pelo Sesi Bauru e se despediu da Liga Nacional de Vôlei. A torcida tricolor fez sua parte e lotou as arquibancadas, mas não foi o suficiente para evitar a eliminação nas quartas de final. As Guerreiras do técnico Guilherme Schmitz começaram com força total e venceram o primeiro set por 25 a 20. No entanto, não conseguiram manter o ritmo e acabaram derrotadas por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 13/25, 21/25 e 17/25.

O Jogo

Na partida decisiva, o Fluminense entrou em quadra com força máxima. Schmitz escalou: Lara (1), Amanda Campos (8), Vanessa Janke (16), Lays (7), Ariane (13), Pri Heldes (11) e Marcelle (22). O time começou bem, impondo um ritmo forte no ataque e se posicionando com eficiência na defesa. Após um início equilibrado, o Tricolor abriu vantagem de 12 a 9 e seguiu pressionando até fechar o primeiro set em 25 a 20, dominando as ações e anulando boa parte dos ataques do Sesi.

Após um banho de aguá fria que o Fluminense deu na equipe adversária, o Bauru voltou com força total para o segundo set. Reagiu imediatamente, ajustou o sistema defensivo e passou a sacar com mais precisão, impondo dificuldades ao Fluminense. Com um contra-ataque veloz e eficiente, a equipe paulista venceu com autoridade: 13 a 25.

No terceiro set o Fluminense começou muito bem, conseguindo uma primeira vatangem que fazia a torcida tricolor se empolgar cada vez mais. A equipe de Bauru manteve a pressão e, após um momento de instabilidade tricolor, virou o placar e venceu o set por 21 a 25.

O quarto e decisivo set foi o mais apagado das Guerreiras. Apesar de um início promissor, o Sesi rapidamente tomou o controle do jogo, abrindo 6 a 10. O técnico Guilherme Schmitz fez algumas paradas e substituições precisas enquanto via a equipe adversária aumentando a vantagem para 8 a 13, mas o domínio adversário prevaleceu. Com solidez, o Sesi fechou em 17 a 25 e garantiu a vaga na próxima fase.

A torcida fez sua parte

O jogo foi intenso e difícil para as adversárias. Com mais de 11 mil torcedores presentes, o Maracanãzinho se transformou em um verdadeiro caldeirão. A festa tricolor foi um espetáculo à parte, com gritos, cantos e apoio do início ao fim. A central do Sesi, Mayana, reconheceu a dificuldade de jogar diante de um ginásio tão vibrante:

“A gente sabia que seria difícil, lá no Hebraico foi assim também. Aqui, com esse ginásio inteiro cantando, é ainda mais complicado. Tentamos focar no nosso jogo e manter a concentração.”

Mayana ainda comentou sobre a virada após a derrota no primeiro set

“Começamos mal, mas respiramos fundo e conseguimos ajustar. Melhoramos os saques, defendemos mais e erramos menos. Isso fez a diferença.”

Do lado tricolor, a central Lara também destacou a importância da torcida

“É diferente jogar aqui, temos que aprender a encarar jogos grandes no Maracanãzinho, o Fluminense merece esse lugar. A torcida fez uma festa linda, são o nosso sétimo jogador, lá no Hebraico eles já fazem o caldeirão e aqui não foi diferente. A gente tem sempre que tentar colocar eles ao nosso favor. É uma torcida diferente, também tem uma torcida do futebol. A gente estava rodando bem no primeiro set, mas elas mudaram a estratégia, melhoraram os bloqueios e a defesa. Perdemos a paciência em alguns momentos. Elas fizeram um grande jogo, estão de parabéns.”

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Destaques Individuais

Léia, do Sesi Bauru, foi eleita a melhor jogadora em quadra, conquistando o troféu Viva Vôlei e sendo a maior pontuadora de sua equipe, com 20 pontos. Pelo Fluminense, a oposta Ariane brilhou com 25 acertos, seguida por Amanda Campos, com 10.

Apesar da eliminação, o Fluminense se despede da Superliga com a cabeça erguida. Esta foi a melhor campanha da história do clube na fase de classificação, um passo importante rumo à consolidação entre os grandes do vôlei nacional.